Estrelas emitem luzes de cores diferentes que vão do vermelho, amarelo e ao azul, algumas vivem sozinhas e outras vivem em pares orbitando uma a outra. Juntando-se em galáxias gigantes, verdadeiras cidades compostas de bilhões de estrelas. Cada estrela é única, mas todas elas começam a vida da mesma forma em nuvens de poeira e gás chamadas de nebulosas, com milhões de quilômetros de extensão, elas flutuam no espaço tomando formas espetaculares.
A nebulosa da Chama:
A nebulosa da cabeça do cavalo:
A nebulosa de Órion:
Cada nebulosa é uma maternidade onde milhões de novas estrelas nascem. Mas esse nascimento não pode ser visto. "As partes mais cruciais de uma nebulosa não são os belos gases brilhantes que nós vemos, mas as partes escuras. As partes escuras tem áreas de gás e poeira que onde o mais importante acontece em termos de formação de estrelas", afirma a astrônoma Michelle Thaller.
As nuvens de poeira são tão grossas que os telescópios normais não conseguem enxergar lá dentro. "Não há nada mais importante para nós do que as estrelas, mas durante muito tempo a formação delas permaneceu um mistério, nós não conseguimos observar-las, imagina não conseguimos ver os primeiros momentos de uma estrela", afirma Michelle.
Até 2004, quando a NASA lançou o telescópio espacial Spitzer. O Spitzer é um telescópio infravermelho, ele só enxerga calor. O calor atravessa as grossas camadas das nebulosas permitindo ao Spitzer ver novas estrelas nascendo em seu interior.
Essas pequenas imagens incríveis captam os primeiros momentos da vida de uma estrela, quando bolsas de gás hidrogênio começam a se aquecer.
Formação
Para que uma estrela se forme basta haver hidrogênio, gravidade e tempo. A gravidade joga a poeira e o gás no redemoinho gigantesco. A gravidade une a matéria, enquanto você aglutina a matéria e comprime em coisas com espaços menores, elas necessariamente se aquecem, é uma lei da Química, se comprimir uma coisa a temperatura sobe. Durante centenas de milhares de anos a nuvem vai ficando mais densa e forma um disco giratório imenso, maior do que todo nosso sistema solar. Em seu núcleo, a gravidade comprime o gás formando uma bola super quente e super densa. A pressão aumenta até que enormes jatos de gás explodem de seu centro. Isso nos mostra o quanto a formação de uma estrela é violento, esses jatos possuem muitos anos-luz de comprimento, algo literalmente acelera o material bem depressa, em distâncias inimagináveis.
A gravidade mantém a pressão comprimindo partículas de gás e poeira que se chocam uma com as outras gerando cada vez mais calor. Nos próximos 500 mil anos a jovem estrela ficará menor, mais brilhante e mais quente. A temperatura em seu núcleo poderá chegar a 15 milhões de graus. Quando a temperatura atinge esse valor inimaginável os átomos de gás começam a se fundir gerando uma quantidade imensa de energia.
E dessa forma, nasce uma estrela. Ela brilhará durante milhões, talvez bilhões e até mesmo bilhões de anos.